Por do sol no pontal.

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quinta-feira, 19 de março de 2009

Olhos vendados, gritos amordaçados.

Me disseram que os meus olhos estavam vendados e meus gritos amordaçados. Não dei bola, não me importei nem um pouco com estes fatos, pois me sinto um escravo.

Serviçal de um senhor feudal andando de bicicleta sem tocar os pedais ... peidais na sala fechada, inalais o podre odor ... exalais o fedor de teu corpo ... o torpor lancará o seu sopro.

Esgoto, deposto, um posto de fronteira beira a curva do pensamento, os loucos detentos se escondem pelos becos de cimento. Uma cidade de verdade, uma cilada em meio a lápides.

Lápis de um número qualquer a desenhar um esboço de aluguel; um traje, um bordel. Todos se vestem à rigor para irem aos céus ... os réus, os reis sedentos de sofrimento querem o teu sangue a todo momento ... são vampiros, quem sabe até detritos.

Atritos e mais atritos povoam as praças e os patibulos. O carrasco ergue a navalha e a leva na direção de tuas palavras, decepando as armas de tua batalha, extirpando o suposto mal de tua raça.

A multidão silenciosa busca o brilho de uma rosa enquanto a roda de ferro esmaga os seus cerebros.
feb.19.91

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