Por do sol no pontal.

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Retrato

A terra-nave navega ... navega para nós em um espaço sem pressa, nada resta pois da aventura das humanas criaturas ... porque urras? Se de nada adianta a tua desenfreada labuta, nada te atura ... tua silhueta mais se parece com uma estátua ... fria estátua ligada a uma tomada, plugada com o mundo instantaneo que vemos na rede do micro, que temos no microcosmo de um chip ... batata chips ... devoras a crocante batata como se fosse perna de barata ... croc, croc ... mais um trote iludindo nossas emoções, mais um choque acordando-nos das nossas ambições ... passa na rua uma BMW branca, canta a riqueza o seu poder e beleza ... arrasta-se pela rua um monte de trapos que traz dentro de si uma criatura, que atura a fria noite e manha de chuva ... mesma rua e diversas formas e normas ... mesma rua e várias pinturas; quadros pendurados em paredes ou correntes ... palacetes ou calabouços ... nada ouço, escuto ou falo; apenas falho ... apenas valho um reres salário, um trabalho, pois nada faço além de pertencer a este quadro, este retrato que revelamos e ampliamos.
Oct.19.1995

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