Aos poucos os ombros perdem o espaço, sentem o peso do próximo orgasmo, um espasmo lascinante de um êxtase instante, gozo de amantes.
Um mutante, transmutante de plenos olhos; cheias as vistas de lágrimas solitárias, pálpebras tão inchadas. Visto o mundo por lindos olhos, é tão feio quanto sua porca história, memória de um senil, canil de cães famintos, instintos de lobos vivos, caninos ativos.
Esse sol de uma negra noite, a meia noite brilha intenso em tensos raios lunares, mares de uma vazante, cheia a lua aprisiona os suspiros de amor, gemidos sem dor num mais alto fulgor.
Nos dentes fica presa a carne, o sabor de um corpo no seu suor supremo; línguas passeando pelos poros da epiderme, cantos da pele, arrepios intensos do profundo do ser, delírios imensos no fundir de corpos, no sentir de dois corpos.
13.fev.87
domingo, 15 de março de 2009
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